Friday, September 25, 2009

A vitória de Portugal !

No próximo dia 27 Portugal vai a votos. Após um longo período de campanha e de muitos argumentos (uns mais sérios que outros) hoje quero apenas deixar uma pequena mensagem.

O candidato José Sócrates que hoje é candidato a Primeiro-ministro é o mesmo que governou Portugal nos últimos quatro anos. Com uma maioria absoluta e com um Presidente cooperante, em quatro anos e meio o país ficou pior. Estas eleições são também um exame à acção governativa do PS e, meus amigos, a verdade é que neste exame o PS reprova.

Acima de tudo e de qualquer intenção de voto, o mais importante é que a população vote! Porém, no Domingo há um voto que vale mais: o voto que pode potenciar a mudança. Para o país inverter o rumo é preciso que o PS não seja o partido mais votado e, tal só acontece com o vosso voto no PSD.

Por um novo caminho para Portugal;

Pelo interesse nacional acima de qualquer outro interesse pessoal ou partidário;

Domingo vamos dar uma vitória a Portugal e aos portugueses.

Eu vou votar PSD.

Wednesday, July 22, 2009

Avaliação dos cartazes da campanha para a CM Porto










Coligação “O Porto em Primeiro” (PSD/PP)

Significado:
Positivo
No Porto, os cartazes utilizados pela candidatura de Rui Rio (PSD / PP) são um excelente exemplo do impacto que um outdoor pode ter. O cartaz toca na ferida na candidatura adversária e, desde a sua colocação, todos os portuenses, várias vezes por dia, lembram-se que a candidata Elisa Ferreira realiza uma dupla candidatura (o seu ponto fraco do ponto de vista eleitoral). Sem referir a candidata adversária, o cartaz de Rui Rio arrasou Elisa Ferreira.

Composição:
Positivo
As cores sóbrias mas elegantes condizem com a imagem de Rio e a escolha da grava foi muito feliz – dá um brilho discreto e inconsciente à imagem do candidato.

Negativo
A mensagem condiciona o design: “COM OS DOIS PÉS NO PORTO” obrigou a uma figura de corpo inteiro do candidato, situação pouco usual e que não favorece o cartaz.

As cores e o brilho dos logótipos dos partidos morrem no fundo cinza. O designer deveria ter mais atenção e utilizar alguma técnica para aumentar o contraste entre o fundo e os símbolos do partido (um fino contorno branco, por exemplo). Não se percebe porque o “P” de “PSD” está num tom laranja diferentes das restantes letras “SD” .

Avaliação coligação “O Porto em Primeiro” (PSD/PP) (1 a 5)
Significado: 5
Composição: 3,5



Partido Socialista

Significado:
Positivo
A candidatura de Elisa Ferreira começou cedo e bem a sua campanha. Os outdoors são muito felizes e tentam transparecer a candidata como uma mulher do Porto, integrada na cidade e com o município no coração. A mensagem “Porto para todos.” foi bem escolhida e potencia a essas ideias, assim como a composição.

Negativo
A candidatura do PS para a CM Porto é uma campanha CarbonoZero, amiga do ambiente, que assume a responsabilidade pela quantificação e respectiva compensação das emissões directas e indirectas de gases com efeito de estufa durante a campanha. Contudo, este marketing ambiental não tem sido explorado e a mensagem tem passado completamente ao lado. É no entanto uma ideia interessante e com tendência a ser mais valorizado durante a próxima década.

Elisa Ferreira foi traída pelas suas opções e, por muito boa que seja a sua campanha, nunca irá conseguir ultrapassar o facto de ter efectuado uma candidatura dupla: ao parlamento europeu e à CM Porto. Ainda por cima, o adversário soube explorar bem esta fraqueza .

Composição:
Positivo
Baseada em fotografias, a composição está de acordo com a mensagem - em todos os cartazes vemos a candidata a dialogar com o povo e com pessoas de várias faixas etárias. O facto de existirem cartazes diferentes é uma mais-valia, uma vez que a mensagem torna-se mais abrangente e inclusiva.

As dimensões e o formato dos outdoors e das estruturas são inovadores e permitem uma colocação de proximidade (muito útil numa cidade como o Porto) e em vários locais exclusivos, onde não existe nenhum outro cartaz.

Avaliação Partido Socialista (1 a 5)
Composição: 5
Significado: 4,5

Monday, July 20, 2009

Comunicação através de outdoors

Os cartazes não vencem eleições e, devido ao aparecimento de novas formas de comunicação mais dinâmicas e interactivas, o seu impacto no resultado eleitoral têm tendência a reduzir. Contudo, a verdade é que os cartazes ainda são um elemento importante de uma estratégia de comunicação política. É verdade que ninguém ganha eleições apenas pelos seus cartazes, mas certamente perde se não tiver cartazes.

Sendo os tradicionais outdoors ainda uma forma de comunicação importante, quem os elabora e quem os utiliza deve procurar maximizar o seu ROI (return on investment) – aqui o retorno reflecte-se em impacto e aceitação por parte dos eleitores.

Designers, marketers e responsáveis políticos devem saber valorizar um outdoor. A criação de um elemento de comunicação eficaz deve ter em atenção o design e a mensagem política no contexto do panorama político. Ou seja, o sucesso da comunicação depende desde logo da adequação da mensagem (gráfica e semiológica).

Ao longo de várias análises vou tentar identificar casos de sucesso e de fracasso e pontos fortes e fracos dos outdoors utilizados nas diversas campanhas para as autárquicas 2009 no distrito do Porto.

Thursday, July 16, 2009

Candidatos a deputados: a dimensão local e nacional

A constituição de um grupo parlamentar deve obedecer a um equilíbrio entre, por um lado, as vontades locais e as indicações das estruturas distritais e, por outro lado, a vontade e a estratégia da direcção nacional. Rejeito a ideia de que os candidatos a deputados de cada distrito devem ser todos eleitos pelas bases do partido. Um grupo parlamentar eficaz não pode resultar de um conjunto de indicações que não têm qualquer relação entre si.

Contudo, tem que existir cada vez mais uma relação política objectiva e de responsabilidade entre o eleitor e o eleito. Este é um processo fundamental para restaurar o estatuto da Assembleia da República. Este desafio não é só para os partidos, é também para cada um dos deputados que, depois de eleitos, devem manter uma relação com os cidadãos que o elegeram.


A solução passa por um sistema misto: uma percentagem de candidatos a deputados indicada pelas estruturas distritais e uma percentagem dos lugares preenchidos por candidatos escolhidos pela direcção nacional. Contudo, é indispensável que os candidatos indicados pela direcção nacional sejam sempre pessoas que tenham ligações directas aos distritos pelos quais vão ser eleitos.

Monday, May 4, 2009

A tentação de Basílio Horta

Paulo Rangel defendeu a criação de novo programa da UE voltado para a absorção de jovens desempregados, de forma a coloca-los em situações profissionais nos países da UE. Uma espécie de ERASMUS do emprego.

Hoje, Basílio Horta apresou-se a desvalorizar esta proposta do PSD. Provavelmente pela qualidade da proposta e por mais uma vez Rangel distanciar-se do vazio de ideias da campanha de Vital e do PS. Segundo o presidente da AICEP esta medida já existe! Horta referia-se aos programas nacionais Inov Vasco da Gama e Inov Contacto que proporcionam, cada um, cerca de 150 estágios por ano. Acho estes dois programas muito meritórios.

Contudo cerca de 150 estágios por ano é pouco. Certamente que se o potencial programa VASCO DA GAMA proposto pelo PSD tornar-se um programa oficial da UE (tal como é o ERASMUS e o DA VINCI) muitos mais jovens portugueses teriam a oportunidade de efectuar estágios internacionais. Para além disso, esse programa estaria disponível para os jovens de outras nacionalidades e Portugal teria também a oportunidade de receber estagiários.

Será que Basílio Horta não percebeu que Rangel propôs um programa europeu e não um programa nacional? Ou então, voltamos à primeira opção, Horta quis desvalorizar uma excelente proposta.

É com propostas concretas como esta que os eleitores podem interessar-se mais por estas eleições.

Sunday, April 19, 2009

Cidadania activa e a construção europeia


O poder político refere muitas vezes que os cidadãos não têm formação nem competências para opinar sobre maioria das matérias relacionadas com a União Europeia (UE). Concordo plenamente que a cidadania deve ser exercida de forma responsável e esclarecida. Contudo, é bom referir que cabe ao poder político promover esse esclarecimento e o desenvolvimento de competências de literacia em informação europeia, para que cada cidadão possa conhecer a Europa e ser um elemento activo e responsável no processo de construção europeia. Este tipo de lamentações apenas contribuiu para manutenção do statu quo, o que é necessário é identificar os problemas e definir políticas capazes de quebrar as barreiras.

Neste capítulo é justo referir que o PSD é o partido português que mais tem contribuído para o processo de circulação de informação europeia – através do site PSD Na Europa, dos sites dos seus eurodeputados e da sua forte actividade, da produção de material informativo multimédia, digital e em suporte de papel, da promoção da formação de jovens (Universidade da Europa), pela constante presença em iniciativas e sessões de esclarecimento sobre a UE, etc.

Portugal tem tido níveis de abstenção muito elevados nas eleições europeias, dos mais altos juntos dos seus pares europeus. As eleições europeias que se avizinham poderão não ser excepção e a grande quantidade de novos recenseados pode contribuir negativamente para esta situação. Considero que no futuro deve ser criado um Instituto Nacional para a Cidadania Europeia.

É importante que o eleitorado perceba que a forte abstenção em Portugal fragiliza a nossa posição na UE; é importante que o eleitorado perceba que, ainda que indirectamente, cada um de nós contribuiu para o orçamento da UE; é importante que o eleitorado perceba que a UE tem impacto na sua vida e na vida do seu país; é importante que o eleitorado perceba que uma UE fortalecida favorece Portugal.

É importante que o eleitorado perceba que a UE e as eleições europeias são demasiado importantes para serem ignoradas. Tal como disse Jean Monnet, “mais do que unir os Estados, importa unir os Homens”.

Sunday, March 29, 2009

Reunião do G20, quinta-feira



The shape of a global agreement to tame casino capitalism is emerging. The public demand for change must be sustained before and after London's G20 summit to ensure it becomes real, says Will Hutton.

Monday, March 2, 2009

Eleições Europeias

Vital Moreira será o cabeça de lista do PS nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, Sócrates quer agradar à esquerda. Parece-me que Vital é um óptimo adversário para o PSD uma vez que o flanco centro / centro-direito do eleitorado fica completamente descoberto.

O PSD precisa agora de encontrar um candidato forte capaz de vencer as eleições europeias, de modo a criar uma dinâmica de vitória que se possa prolongar pelas legislativas e pelas autárquicas. Muitos tendem a desvalorizar estas eleições mas elas, para além da relevância para o processo de construção europeia, são estrategicamente importantes para o PSD.


Contudo, o PSD tem um desafio pela frente: a abstenção. A abstenção nas eleições europeias tem sido alarmantemente alta e algum eleitorado mais conservador e distante da concepção de cidadania europeia, que tendencialmente vota PSD, tende a não dar grande importância às eleições para o parlamento europeu. É indispensável que o partido reconheça este facto e que o saiba combater.

Sunday, March 1, 2009

Os rostos ocultos das estatísticas

Recentemente participei numa actividade da JSD Penafiel onde se efectuou um encontro com jovens em situação de desemprego. Um número razoável dos presentes nem sequer tinha concluído a escolaridade obrigatória. Empurrados para uma precoce inserção na vida profissional (na maioria dos casos nas industrias de confecções) estas pessoas estão agora sem emprego e sem habilitações que possam facilitar a sua reinserção no mercado de trabalho.

Conheço as estatísticas, sei que o nível de escolaridade da sociedade portuguesa deixa muito a desejar. O desemprego, por sua vez, tende a aumentar… A verdade é que por detrás dos números da baixa taxa de educação do nosso país e do crescente agravamento do desemprego existem rotos, pessoas e vidas. É bem diferente conhecer os números e contactar com estes casos de vidas… Vidas que não deviam ser fáceis e que agora são ainda mais difíceis.

Saturday, February 21, 2009

Chávez convidado para o Congresso do PS

Sócrates foi reeleito secretário-geral do partido com uma esmagadora maioria de 96% de votos favoráveis. Esta vitória e este resultado fazem lembrar as vitórias dos esmagadores líderes ditatoriais africanos ou os resultados de uma eleição de Puttin na Rússia. É realmente notável que só apenas 4% dos militantes eleitores do PS tenham-se manifestado descontentes, através do voto branco ou nulo, com as políticas de Sócrates. Se não fossemos uma democracia supostamente madura implantada na União Europeia podia ser assustador…

Para este congresso de consagração do líder, onde Sócrates apresentará o projecto político com que vai concorrer para a próxima legislatura, o PS fez questão de convidar um populista semi-ditatorial – o Presidente Hugo Chávez. Porquê?

Se as fortes relações bilaterais entre Portugal e a Venezuela durante os últimos anos têm como objectivo e justificação, para além da grande comunidade de portugueses que vive naquele país, o interesse económico e a promoção das exportações portuguesas, este convite não pode ser justificado com estes motivos: este é um convite político, para um evento político do PS. Será que o PS tem apreço pelo modelo de governação de Chávez? Será que o PS entende que há uma convergência entre a política de Chávez e a política de Sócrates? A verdade é que Chávez é um populista de convicções democráticas duvidosas e, Sócrates, um propagandista frenético convencido que só existe um caminho para o país e que só ele conhece este caminho de salvação.
Curiosamente, no inicio desta semana o Partido Socialista abriu uma secção em Caracas. Será que um dos objectivos é importar o know how político venezuelano?

Friday, February 20, 2009

Quatro anos de governação socialista

O actual Governo derivou de uma maioria absoluta conquistada pelo PS nas últimas eleições legislativas. Ao fim de quatro anos este Governo teria tido condições para fazer importantes reformas em sectores chave da sociedade portuguesa. Não fosse a falta de qualidade da equipa governamental e a pobre visão da política do actual Primeiro-ministro, teria tido condições…

A verdade é que, fazendo uma retrospectiva, passando pelo sistema fiscal, pela educação e justiça este Governo não conseguiu promover reformas significativas. Na saúde foram dados alguns passos, foram estruturadas as redes de urgências e de maternidades, tendo sido encerradas algumas unidades que alegadamente não se justificavam o seu funcionarem. A verdade é que o processo terminou com a substituição do Ministro Correia de Campos, um sinal de fraqueza política que dificultou prosseguir com outras reformas.

Na área da Educação iniciou-se o processo de avaliação dos professores, processo que considero indispensável para melhorar o ensino pré-universitário. Contudo este processo, aos pés da forte contestação, foi caindo em simplificações, adiamentos e retrocessos.

A justiça portuguesa continua viscosa: lenta, estranha e descredibilizada. É sem dúvida um dos grandes problemas do nosso país, porque é um pilar fundamental do Estado democrático mas também porque condiciona todas as outras áreas (inibe o investimento estrangeiro, por exemplo).

Assim, passados quatro ano o Governo socialista não conseguiu aplicar as reformas. Aliás, diga-se que, numa altura em que está na moda dizer que não há diferença entre o PS e o PSD, uma das grandes diferenças entre os dois partidos é que o PSD tem um forte espírito reformista que o PS não tem.

Grande equipa...

Monday, February 2, 2009

Vinte e quatro

Vinte e quatro, o número de horas que estamos sempre a dizer que não chegam. O tempo é multidimensional: estende-se pelo que fizemos e pelo que não fizemos; pelo o que estamos a fazer e pelo que podíamos estar a fazer; pelo que vamos fazer e pelo que não vamos fazer.

O tempo é sempre pouco, mas pode ser maior. A palavra rentabilizar está na moda! Rentabilizar o tempo? - fazer o temos a fazer( e fazer ainda mais!), para que o passado seja cada vez maior… e para que o futuro tenha mais tempo.